Entre Palavras

terça-feira, 15 de abril de 2008

What if I...

What if there was no lie
Nothing wrong, nothing right
What if there
was no time
And no reason or rhyme
What if you should decide
That
you don't want me there by your side
That you don't want me there in your
life

What if I got it wrong
And no poem or song
Could put right what
I got wrong
Or make you feel I belong
What if you should decide
That
you don't want me there by your side
That you don't want me there in your
life

Refrão:
Oooh, that's right
Let's take a breath and jump over
inside
Oooh, that's right
How can you know it, if you don't even
try?
Oooh, that's right

Every step that you take
Could be your biggest mistake
And it
could bend or it could break
That's the risk that you take
What if you
should decide
That you don't want me there in your life
That you don't
want me there by your side

refrão (2x)

Oooh, that's right
Let's take a breath and jump over
inside
Oooh, that's right
You know that darkness always turns into
light
Oooh, that's right

posted by Natália L. at 17:50 0 comments

Ajo


“O que eu sinto, eu não ajo. O
que ajo, não penso. O que penso, não sinto. Do que sei, sou ignorante. Do que
sinto, não ignoro. Não me entendo e ajo como se me entendesse”
posted by Natália L. at 13:08 0 comments

Se encontrar nos outros...


"E receber o telefonema de um amigo, e a comunicação de vozes e alma ser perfeita? Quando se desliga: Que prazer dos outros existirem e de a gente se encontrar nos outros. Eu me encontro nos outros."(Clarice Lispector)
posted by Natália L. at 12:52 0 comments

domingo, 13 de abril de 2008

Roda...




Céu – Roda

O silêncio é a maior arma
Mata pra qualquer lugar
To na área,
Deslizando,
Num concreto a recortar
O horizonte ali adiante
Tomou forma geométrica
E o que era importante
Tive que memorizar

Sem problema,
To ligeira
Já bem sei remediar
Minha voz é o que me resta e rapidinho
Vai ecoar

Pelo vale, na Pompéia
De Caymmi eu ouço o mar
Villa Lobos, a floresta
Hoje eu vou sacolejar

Caiu na roda,
Ou acorda,
Ou vai rodar!

Consciência, a maior arma
Mata pra qualquer lugar
To na área deslizando
Num concreto a recortar

O horizonte ali adiante
Tomou forma geométrica
E o que era importante
Tive que memorizar

Sem problema,
To ligeira
Já bem sei remediar
Minha voz é o que me resta e rapidinho
Vai ecoar

Pelo vale, na Pompéia
De Caymmi eu ouço o mar
Villa Lobos, a floresta
Hoje eu vou sacolejar

Caiu na roda,
Ou acorda,
Ou vai rodar...

Show de céu ontem! Ela é simplesmente mais linda do que eu imaginava, uma fofa nos palcos, uma voz deslumbrante e um jeito de dançar que por estar grávida ficou ainda mais bonito :) Contudo, senti falta dela tocar um pouco mais e de cantar bobagem e mais um lamento, mas como diria um amigo meu, nem tudo é 100% ne? Entretanto, já estou bastante feliz com os meus 96%! :))








posted by Natália L. at 14:12 0 comments

quarta-feira, 9 de abril de 2008

A angústia positiva...



Hoje estava em uma situação nada confortável (calor absuuurdo e uma fila significante) esperando por umas xerox as quais precisava para hoje e eis chega um colega meu ao qual pergunto sobre como ele está. Ele responde estar bem, entretanto aponta o sentimento de medo que o aflinge, um medo sobre a prática profissional (no caso, de psicólogo). A partir disso eu coloco para ele como nós somos seres interessantes, pois me parece que é justamente esse tal medo, aquele capaz de gerar angústias, o qual parece ser mobilizador de boa parte das nossas atitudes. Pois, de fato, poderíamos nos esforçar mais em diversos aspectos de nossas vidas e assim, evitarmos consideravelmente o medo de fracassar, de não saber ou de algum outro medo qualquer. Entretanto, muitas vezes não o fazemos e em outras, até tentamos fazê-lo e não obtemos sucesso, porém acredito que algo sempre escapole do nosso controle, sempre haverá algo diante do qual nos sentiremos angustiados (o que angustia ainda mais as pessoas que, como eu, vêm o controle como algo importante).

    Entretanto, acredito que se deve tentar ver a angústia de forma mais positiva! Que se deve percebê-la como aquela que embora não agradável de sentir é uma das impulsionadoras do sujeito, uma das forças motriz, aquela capaz de fazê-lo estar sempre em busca de algo. Contudo, vejo muito poucos saberem lidar com ela de forma realmente positiva (vale a ressalva de que isso inclui a minha pessoa). Mas, não parece lógico ser por várias vezes a angústia gerada pelo medo de não sabermos justamente aquilo que impulsiona a nossa busca pelo conhecimento? Que não é por diversas vezes a angústia gerada em nós pelo que causamos de negativo a nós ou a outrem o que faz com que procuremos nos modificar? E quantas vezes não é justamente o medo de perder algo ou alguém o grande motivador de nossas tentativas para impedir a concretização disso?
    Me lembrei de uma frase que ampliando um pouco mais parece se encaixar bem aqui a qual diz:
      "Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho."
      posted by Natália L. at 22:19 1 comments

      Caminhar ao lado...



      Ao assistir esse episódio de sex and the city, no qual Carrie vê seu ex ficar noivo de outra pessoa e começa a se questionar sobre o porque não ela, muito me chamou a atenção o desfecho de seus questionamentos. Ela simplesmente percebe que a garota a quem ele tinha escolhido é uma daquelas moldadas pelos padrões e como em um insight, observa que algumas mulheres simplesmente não nasceram para ser assim. E que nem todas as mulheres nasceram para ser domadas. Algumas simplesmente nunca o serão. E apenas precisam encontrar alguém tão selvagem como elas para caminhar ao seu lado.
      Tal perspectiva de fato muito me agradou e de forma aparentemente tão súbita como para ela, vem na minha mente uma das frases lidas por mim quando mais jovem. Lida justo naquela época em que se começa a tentar descobrir o que é o amor e como é amar e a qual diz assim:
      “Não caminhe atrás de mim, pois talvez eu não saiba liderar. Não caminhe na minha frente, pois talvez eu não queira segui-lo. Apenas ande ao meu lado para que possamos caminhar juntos.”
      Afinal de contas, uma coisa que eu aprendo cada vez mais nessa vida é que duas cabeças sempre pensam melhor do que uma ;)

      posted by Natália L. at 16:59 0 comments

      segunda-feira, 7 de abril de 2008

      As pessoas certas...

      "Nós não procuramos a pessoa certa. As pessoas certas se encontram."

      Essa foto e frase são do filme que eu assisti hoje a tarde chamado Milagres do Coração (2005). Tal frase me chama a atenção dentre tantas do filme, pois ela toca em um ponto crucial em meio às coisas que acredito, ou seja, que nada acontece por acaso. Além disso, o filme tenta passar diversas mensagens que me parecem importantes de se relembrar, mesmo de vez em quando, tais como o valor da vida e da sinceridade entre as pessoas, seja em um relacionamento de namorados, seja com a família, entretanto acaba tendo um transcorrer que finaliza de forma clichê demais. Ainda assim, parece ter me motivado o suficiente para que eu quisesse ver o filme do qual ele é a continuação, o The Christmas Shoes (2002) ;)
      posted by Natália L. at 17:03 0 comments

      O fantástico...



      “Quando a existência de mim e do mundo ficam insustentáveis pela razão - então me solto e sigo uma verdade latente. Será que reconheceria a verdade se esta se comprovasse?
      Estou me fazendo. Eu me faço até chegar ao caroço.
      De mim no mundo quero te dizer da força que me guia e me traz o próprio mundo, da sensualidade vital de estruturas nítidas, e das curvas que são organicamente ligadas a outras formas curvas. Meu grafismo e minhas circunvoluções são potentes e a liberdade que sopra no verão tem a fatalidade em si mesma. O erotismo próprio do que é vivo está espalhado no ar, no mar, nas plantas, em nós, espalhado na veemência de minha voz, eu te escrevo com minha voz. E há um vigor de tronco robusto, de raízes entranhadas na terra viva que reage dando-lhes grandes alimentos. Respiro de noite a energia. E tudo isto no fantástico. Fantástico: o mundo por um instante é exatamente o que meu coração pede [...] ”

      (Clarice Lispector - Água Viva)


      posted by Natália L. at 01:52 0 comments

      sexta-feira, 4 de abril de 2008

      É preciso estarmos mais distraídos...



      Escolhi essa imagem, pois ela me faz pensar sobre como duas pessoas podem fazer bem uma a outra. Ela é de um filme de 1999 chamado The History Of Us que narra a história de um casal que se vê emocionalmente esgotado após 15 anos de casamento e os questionamentos feitos por eles sobre o que é que afinal constituía o "nós" e o porquê das características que outrora fizeram com que eles se apaixonassem serem justamente os motivos centrais para a criação de um buraco cada vez maior entre eles. Enfim, a quem essa temática interessa... é um filme que eu recomendo, devido a sua tentativa de mostrar, de uma forma mais "real", alguns dos conflitos de um relacionamento de tantos anos.
      E quanto aos diversos questionamentos feitos por eles e no meio de tantas cobranças tão rígidas só me veio na mente as seguintes palavras de Clarice Lispector:
      “Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.”
      E assim, percebo que é necessário estar um tanto ( e porque não muito?) desatento para que o amor tenha espaço para advir! Que se observe o quanto se cobra do outro e de si mesmo para que tais cobranças não sejam intensas ao ponto de sufocar aquilo que poderia florescer majestosamente, que não sejamos tão perfeccionistas ao ponto de nos perdermos (como muitos o fazem) nessa nossa eterna ânsia de uma completude plena, ilusória, na qual se pode acabar colocando um mundo de possibilidades a perder.
      posted by Natália L. at 02:25 0 comments

      quinta-feira, 3 de abril de 2008

      Querer...

      No transcorrer de algumas semanas estive a me questionar (e assim, acabei questionando muitos a minha volta) sobre o que poderia fazer com que duas pessoas decidissem ficar juntas. Existiria necessariamente um sentimento, sendo ele de qualquer ordem? Partindo do pressuposto que sim, ele surgiria de que forma? A partir de que, de onde? Será que nós procuramos inconsciente e/ou conscientemente algo no outro que faz com que esse sentimento desperte? E se o fazemos, possuiria esse outro realmente tais qualidades que se acredita? Ou seria isso apenas mais uma verdade criada por nós e para nós? E ainda, qual seriam os motivos que estariam por trás da nossa necessidade de criá-las?

      A partir daí o assunto começou a render de modo que cheguei à indagação do que faz com que desejemos permanecer ou não ao lado de alguém? E se o fazemos é por vontade de estarmos juntos, por dependência ou por costume? Ou por acreditarmos que é ela o objeto (entendam este no seu sentido mais amplo, o simbólico) capaz de nos trazer a completude, de esvaziar a nossa eterna sensação de que algo nos falta? Poderia ainda ser um pouco disso tudo? E qual seria a razão desses sentimentos algum dia cessarem ou ao menos parecerem deixar de existir? Como as características outrora fundadoras de vínculos poderiam vir a ser aquelas que trarão o espaçamento entre os corpos e as mentes ou entre as mentes e os corpos?

      Todas essas interrogações acabaram sendo por mim feitas a outrem ou apenas divagadas mentalmente a partir dos vários discursos que foram pronunciados (ou seria melhor dizer enunciados, tal como propõe Lacan?). Vale ressaltar, que, em geral, percebi certa demora das pessoas para responder, além de alguma dificuldade em perceber o que poderia ter causado tal aproximação (mesmo uma característica qualquer). De fato, poucos pareciam ter parado para pensar sobre isso em algum instante. Será que isso é algo que vale ser pensado? Ou deveríamos esquecer essa mania freqüente em muitos de tentar racionalizar aquilo que não precisa adentrar nesse campo? Será que esses campos não têm uma relação dialógica? Uma melhor e maior observação de nossas escolhas (e por que não de nós mesmos como um todo?) ainda é o que me parece mais interessante, seja qual for a situação.

      Dentre diversas respostas, um alguém me diz que o motivo pelo qual se envolve com alguém é o quanto essa pessoa lhe faz bem e vice-versa e essa resposta me intrigou! Sim, me intrigou, pois dentre todas aquelas que poderiam ter sido dadas, esta me pareceu ser a única onde havia o mínimo possível de necessidade de encontrar no outro aquilo que faltaria. Será que isso é possível? Sermos tão altruístas ao ponto de não acharmos que o outro detém algo que nos falta e que de alguma forma ao estarmos com ele teríamos a idéia de completude, mesmo que de forma inconsciente?

      Afinal, o pouco que percebi com todos esses questionamentos é que o motivo pelo qual as pessoas ficam juntas é com grande freqüência o querer, seja ele de qual ordem for. Que é ele o maior impulsionador em e de um relacionamento. E que por diversas vezes são tantas as semelhanças e tão poucas as diferenças (ou vice-versa). Entretanto, isso não parece ser, em geral, o preponderante para a motivação desse querer (de fato, ouvi muitos colocarem sobre o quanto a semelhança com seus companheiros e companheiras acabou sendo algo importante para a aproximação deles, enquanto tantos outros nem citaram isso como um fator central para os seus relacionamentos e vários colocaram ainda, que semelhança demais viria a atrapalhar. Afinal, quem nunca ouviu o comentário de alguém dizendo que não agüentaria ninguém que fosse tão parecido consigo?). Enfim, e quando o é, não parece ser o fator determinante para o querer, para aquele querer-fazer-dar-certo, aquele que vejo como o grande propulsor, aquele que tem tantos motivos por trás, enfim, aquele que simplesmente tem a força de transformar o vir-a-ser em ato .
      posted by Natália L. at 02:23 3 comments